sábado, 26 de setembro de 2009

--->GUITARRA DESTRUÍDA POR KURT COBAIN É VENDIDA POR US$ 100 MIL


SEATTLE - Uma guitarra destruída pelo roqueiro Kurt Cobain foi vendida para um colecionador não identificado por US$ 100 mil. O corretor inglês Helen Hall afirmou que o instrumento foi o segundo item do cantor, morto em 1994, que alcançou o maior preço na venda. A guitarra pertencia ao roqueiro punk Sluggo of The Grannies and Hullabaloo.

A venda foi confirmada por Jacob McMurray, curador sênior do Experience Music Project de Seattle, cidade natal de Cobain. Lá a Fender Mustang também ficou exposta por alguns meses. "Realmente era uma guitarra bonita porque foi esmagada e depois colada com fita. Kurt Cobain escreveu nela", contou ele.

Sluggo informou que trocou uma guitarra em bom estado pela destruída durante a primeira turnê nos Estados Unidos da banda do roqueiro, o Nirvana. McMurray disse que o grupo estava em New Jersey quando Cobain destruiu a guitarra no palco e então buscava outra para tocar no próximo show.

--->FRANCES BEAN COBAIN


Filha de Kurt Cobain e Courtney Love, recusou fazer o papel de Alice, na versão adaptada do filme "Alice no País das Maravilhas", de Tim Burton, alegando que não quer interromper seus estudos.

"Tim achou que ela seria perfeita, mas ela quer ir para a universidade. É incrivelmente focada e sensata", disse uma fonte do London’s Mail.

--->DAVE GROHL: “CONSTERNADO E DESAPONTADO” COM O GUITAR HERO


Dave Grohl e Novoselic divulgaram um comunicado no dia 10/09 dizendo que estão “Consternados e desapontados com a maneira que o avatar de Kurt Cobain é usado no Guitar Hero 5”.
No comunicado eles também disseram que é “difícil ver a imagem de Kurt cantando músicas de outros artistas, e que ele (Kurt) escreveu músicas que têm um grande significado para as pessoas. Sentimos que ele merece coisa melhor”.
Os dois ainda reiteraram que eles não têm nenhum controle da imagem e do nome de Kurt, e sim os seus herdeiros.
O comunicado faz menção à Activision, empresa responsável pelo Guitar Hero 5, que teria sim um acordo, assinado por Courtney Love, para usar a imagem de Kurt no jogo, e que tanto Dave quanto Novoselic não teriam participação nesse aspecto.
Coube a Dave e Novoselic liberar as músicas “Lithium” e “Smells Like Teen Spirit”, que fazem parte do jogo.

--->NIRVANA: BEBÊ DA CAPA DE NEVERMIND NOVAMENTE NA PISCINA


Em 1991, quando ele ainda era um bebê, os pais de Spencer Elden o soltaram em uma piscina na California, onde o fotógrafo Kirk Weddle gastou um rolo de filme. A imagem foi usada como capa de "Nevermind", o segundo álbum de estúdio do Nirvana.
Em 2008, Elden conta à MTV News que "É um pouco estranho pensar que tantas pessoas me viram nu. Me sinto como o maior ator pornô da história."
Elden recentemente recriou a antológica capa na mesma piscina no Rose Bowl Aquatic Center, em Pasadena, California - mas desta vez ele vestiu um calção.

--->NIRVANA DEVERIA SER "SKID ROW"

O Nirvana havia sido batizado inicialmente por Kurt Cobain de "Skid Row". Quando advertido que poderia sofrer algum processo da banda homônima formada por Rachel Bolan e Sebastian Bach, Kurt resolveu mudar o nome da banda. Ironicamente, logo após atingir o sucesso, o Nirvana foi processado pelo uso do nome por uma banda homônima surgida em meados da década de 60 - e o Skid Row nunca foi interpelado pela banda formada no início dos anos 70, que contava com a participação de Gary Moore.

--->VISITA DO NIRVANA AO BRASIL FOI BIZARRA

Os roqueiros brasileiros talvez não tenham muita sorte em presenciar grandes eventos no país, mas pelo menos quando o assunto é Nirvana podem dizer com orgulho que tiveram a chance de ver alguns dos shows mais inusitados realizados pela banda.
Logo em janeiro de 1993, a grande surpresa do ano: o extinto Hollywood Rock realizou sua mais famosa edição, com a nata do grunge-alternativo, trazendo Red Hot Chili Peppers, L7, Alice in Chains e o tão esperado Nirvana.
A corrida desesperada por ingressos, tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo, não era à toa: o Brasil iria ver os grupos no auge da carreira e conferir de perto a tão comentada cena de Seattle com seu principal nome.
O trio, que já era fenômeno de vendas por aqui -- a Universal, sua atual gravadora, contabilizou até hoje cerca de 600 mil discos vendidos --, veio para mostrar os hits de "Nevermind" e também algumas músicas inéditas do álbum "In Utero", que ainda estava sendo produzido.
O que ninguém poderia imaginar era o que Kurt Cobain e sua trupe iriam aprontar dentro e fora dos palcos. Foi um festival de baixarias e bizarrices que deixou o público sem entender absolutamente nada.
Logo na chegada ao país, a primeira polêmica: a revista Veja publicou uma entrevista com o baixista Krist Novoselic afirmando que 80 por cento dos fãs da banda eram idiotas. Ele desmentiu tudo logo em seguida, mas não adiantou muito.
Entre outras histórias da andança do Nirvana pelo Brasil, estão as visitas ao centro de São Paulo, conversas com travestis e busca por drogas, muitas drogas.
O apresentador da MTV João Gordo acompanhou o conjunto na capital paulista durante três dias e viu de perto o estilo de vida de Cobain. Ele se lembra muito bem de como era o vocalista e sua relação com o restante do grupo.
"Kurt era muito depressivo, não ria nunca e só queria saber de heroína. O resto do pessoal ficava na dependência dele e da louca da Courtney Love (mulher de Cobain). O que ele fizesse estava bom para todo mundo, pois era quem mandava lá", contou João Gordo à Reuters.
Do tempo em que passaram juntos, o vocalista do Ratos de Porão não se esqueceu de um fato marcante, que indicava qual seria o futuro de Cobain.
"Ele usou o tempo todo uma camiseta escrita à mão com uma caneta que dizia 'I hate myself and I want to die' (eu me odeio e quero morrer). Era um sujeito cabisbaixo, muito triste e sem vontade de viver."
Outra lembrança que o apresentador guarda foi a conversa de mais de duas horas com o líder do Nirvana. "Na hora da balada, no final da madrugada, conversamos bastante e eu disse que ele não tinha culpa de ter ganho 20 milhões de dólares e tal. Ele achou legal e acabou rindo! Foi a única vez que isso aconteceu."

--->A RAZÃO DOS SHOWS ESQUISITOS

O Nirvana sempre foi conhecido pelos shows fora dos padrões, como a histórica apresentação no Reading Festival de 1991, depois de uma chuva torrencial.
Mas chegada a hora do Hollywood Rock, o trio se superou. Com uma apresentação que mais parecia um ensaio, algumas músicas não foram tocadas inteiras e Kurt Cobain assumiu uma postura de desprezo pelo evento. Nem "Smells Like Teen Spirit" salvou o vexame.
No Rio foi pior. Cobain vestiu-se de mulher, cuspiu inúmeras vezes nas câmeras da Rede Globo, que transmitia o festival ao vivo, fez gestos obscenos e ainda mostrou o pênis e se masturbou. A emissora tirou a transmissão do ar e colocou a reprise da apresentação da banda brasileira Dr. Sin no lugar.
A crítica não gostou e disse que tudo não passou de uma palhaçada. Mas, ao contrário do que muitos fãs pensam, existiu um motivo para o que aconteceu.
"A culpa do que Kurt fez no Brasil é minha e dos meus amigos", revelou João Gordo. "Falamos pra ele que Hollywood era marca de cigarro, que o festival não apoiava os grupos underground e o preço do ingresso era caro. Ele ficou muito bravo em saber disso", contou.
"Não dava pra imaginar o que aconteceria, mas ele deixou no ar que ia aprontar alguma coisa na turnê brasileira. Tudo aquilo foi terrorismo nosso", concluiu.

--->HISTÓRIA

No início de 1986 nada poderia supor que o Nirvana chegaria ao lugar que ocupa no patamar dos astros pop. No ano citado, o cenário musical de Seattle ainda não se destacava e a sua única grande contribuição para o mundo do rock havia sido a figura de Jimi Hendrix. Bandas como Melvins, Tad, Mudhoney(que mais tarde viria a dar origem ao Pearl Jam) e Soundgarden eram apenas mais algumas perdidas em meio a centenas de pequenos grupos de uma cidade chuvosa em que cada vez aumentava e, curiosamente, a fama da banda começava a chegar antes dela com a divulgação dos shows e do disco em rádios alternativas. No final da mini turnê, a banda gravou um disco de curta duração chamado Blew, lançado apenas nos Estados Unidos.
Aproveitando um convite da banda revelação de Seattle na época - o Tad, o Nirvana viajou como banda de abertura em uma turnê pela Europa. Em um dos shows o trio conseguiu chamar atenção de um executivo da gravadora Geffen. A história da banda começava a mudar e em pouco tempo surgiu a oportunidade de uma mudança de rumos. Apesar das ligações afetivas com a Sub Pop, era claro que o Nirvana não podia negar um contrato com uma gravadora maior. Além do mais, o preço pago pela Geffen à Sub Pop pela rescisão do contrato do Nirvana era suficiente para tirar a gravadora do buraco.
Pouco antes da gravação do novo disco pela nova gravadora, o baterista Chad Channing foi chutado por diferenças musicais. Em seu lugar entrou Dave Grohl. Com esta formação o trio conquistaria o mundo. Em setembro de 1991, logo após o lançamento de Nevermind, ocorreu muito mais do que o esperado. Do dia para a noite o disco pulou para o topo das paradas, sem divulgação em rádios ou na MTV. A imprensa musical correu atrás do prejuízo e em menos de um mês a banda saiu do anonimato e passou a ter que escolher as entrevistas que iria conceder e os programas TV de que iria participar.
Aconteceu durante o verão daquele ano, quando uma canção chamada "Smells Like Teen Spirit" foi lançada.. A partir do momento em que os riffs recortados e letras furiosas começaram a preencher o ar, ficou muito claro para qualquer um que tivesse orelhas que uma nova era do rock’n’roll havia começado. O hard rock alternativo acabara de chegar e o Nirvana era o seu mensageiro. No som e na atitude o Nirvana era diferente de tudo que a sociedade mainstream do rock jamais tinha escutado. Enquanto eles existiam no rock underground, durante três anos, lançaram dois discos pelo selo independente de Seattle, Sub Pop. Mas, uma vez que assinaram com a gigante Geffen Records parece que o Nirvana instantaneamente acertou o caminho para o mundo mainstream. Sem sacrificar nada do seu charme e som latente, o vocalista e guitarrista Kurt Cobain, o baixista Chris Novoselic e o baterista Dave Grohl se transformaram em um grupo destinado a destruir o status do rock e introduzir as massas apreciadoras deste ritmo em um som cheio de sentimentos, que muito vinha da sensibilidade crua do punk e do tradicionalismo do hard rock.
"Nós vamos para o palco e tocamos", disse Cobain em 1992. "Se estivermos desafinados, está tudo bem. Seu eu não me lembrar das letras, está tudo bem também. As pessoas que vêem ao show parecem gostar dele, não importa o que façamos. Contanto que haja um feeling no lugar, nós estamos felizes."
Às vezes, parecia que o Nirvana tinha inventado o feeling que se tornou "o som do começo dos anos 90". Junto com outras bandas de sua cidade, como Pearl Jam, Soundgarden e Alice In Chains, o Nirvana ajudou a introduzir o que passou a ser popularmente conhecido como Grunge rock Movement – um termo que apenas algumas bandas envolvidas na cena gostavam ou sequer compreendiam. Para o Nirvana, tudo o que eles estavam fazendo era continuar uma nobre tradição do rock underground. A música deles estava baseada em uma energia selvagem trazida por duas gerações de bandas pouco apreciadas como o Black Flag, Melvins e Meat Puppets, todos grupos que influenciaram diretamente o artista que se transformou em compositor, Kurt Cobain. Foi o vocalista predominantemente louro, perpetuamente pálido e magro que se tornou a cara mais reconhecida de toda a cena de Seattle. As fortes paixões que vinham de suas canções, as quais revelavam problemas instalados em sua alma, pareciam falar para uma igualmente problemática geração, da qual muitos estavam procurando por alguém que colocasse todos os seus medos, raivas e frustrações em canções. Em Cobain eles encontraram seu santo patrono.
"Kurt foi uma das pessoas com mais dom que eu já encontrei", Grohl disse. "Desde o momento em que o conheci, que foi depois do Nirvana já estar junto por algum tempo, eu senti que ele era diferente de todo mundo que havia conhecido até então. Mas seus problemas, as coisas que faziam com que as canções tivessem tanto sentimentos, também eram sua destruição. Ele realmente não podia competir com o mundo. O estrelato era a última coisa que ele queria. Eu realmente penso que Kurt teria sido muito mais feliz se ele tivesse feito música sozinho no meio do mato. Ele jamais estaria preparado para dar de cara com o clarão das luzes do holofote público."
De fato, parecia que, assim que o primeiro disco do Nirvana lançado através de uma grande gravadora - Nevermind chegou ao topo das paradas, as história que falavam sobre os problemas de saúde, com drogas e dificuldades emocionais de Kurt começaram a preencher a cena do rock. Chegou a um ponto em que as histórias quase foram esquecidas, como se tivessem sido inventadas pela imaginação superativa de alguns publicitários. Infelizmente, todas aquelas histórias provaram ser verdadeiras. Em 1992, em meio às imensas turnês a devido à falta de tempo para lançar material inédito, a gravadora lança Incesticide, uma coletânea. Em 1993 é lançado In Utero. A banda parecia estar numa encruzilhada. Era praticamente impossível repetir o sucesso de Nevermind. Os fãs antigos abominavam a banda que havia se vendido para mídia, enquanto os fãs novos exigiam bits de sucesso como os de Nevermind, mas mesmo assim a fama do Nirvana continuou subindo como um foguete. Depois veio com o casamento lucrativo de Kurt Cobain com a rainha do rock, Courtney Love, e com suas turnês de ingressos esgotados – a saúde do cantor continuou a deteriorar. Por um lado, seus tão falados problemas serviram para aumentar sua mágica. Ele era o modelo perfeito para os anos 90, uma talentosa e problemática alma vivendo à beira de um desastre pessoal. Faltava só uma coisa para transformar Cobain de ícone cultural para Deus do Rock e, em abril de 1994, esta coisa aconteceu. Ele foi encontrado morto em sua casa de Seattle, vítima de um tiro na cabeça, disparado por ele mesmo. Por mais que tenha tentado evitar e negar isso, Kurt Cobain se tornou o que mais odiava, um ídolo pop. Em suas letras eram descobertos muito mais significados e poesia do que ele próprio supunha. Ele bem que devia se sentir roubado de sua rebeldia, tomada e vendida pela mídia. Durante meses o mundo do rock lamentou. Cobain foi rapidamente aclamado como símbolo de seu tempo e considerado o John Lennon de sua geração. Embora tenha sido um compositor de primeira e um emotivo e poderoso músico, devemos considerar se as contribuíções dadas por Kurt ao mundo do rock serão lembradas mais pelo conteúdo emocional de suas canções do que pelo final sangrento de sua vida. Parece ainda que, sem dúvida, os esforços de Cobain ajudaram a revitalizar o mundo do rock e colocá-lo de volta no caminho certo quando ele mais precisava. Em um tempo no qual todas as bandas pareciam estar se tornando sintéticas, tatuadas, bem ao estilo de L.A, os esforços de Cobain nos ajudaram a lembrar como o rock’n’roll deveria ser. Seus versos introspectivos e muito pessoais convenceram um gasto cenário do rock a acreditar novamente em si mesmo.
Com o Nirvana, o som de Seattle, juntamente com o visual clássico dos jovens da cidade, com bermudas e camisas de flanela, passou a ser moda. Desde os Sex Pistols, o underground não vendia tanto. Aparentemente a banda passava intocada por tudo isso e, apesar de seus integrantes terem se tornado milionários instantâneos, eles continuavam quebrando os mesmos equipamentos baratos em seus shows. O sucesso do Nirvana de imediato ultrapassou a carreira de dezenas de bandas da cidade de Seatle. Embora não houvesse uma identidade musical entre as bandas, durante dois anos foram poucos os novos grupos a explodirem sem usar bermudas e camisas de flanela. Entre outras bandas da geração de Seattle se destacaram Pearl Jam, Soundgarden, Tad, Mudhoney,